16.8.11

Clarice Magalhães e Pedro Holanda fazem show, nesta terça, no CCC, em que mostram músicas dos seus recentes discos de estreia




 
Prezados amigos,
 
        Morando em Laranjeiras, nas adjacências da Rua General Glicério, uma das principais transversais desse bairro carioca - berço dos compositores Villa-Lobos e Custódio Mesquita e do escritor Lima Barreto, os três nascidos, curiosamente, na Rua Ipiranga -, fui, em numerosos sábados, na praça situada no meio da General Glicério, de graça e a céu aberto, como muitos outros, apreciador da lida de um grupo de grande valor, o Choro na Feira. Constituído, quase todo, por profissionais de ampla bagagem em shows e gravações - Franklin da Flauta, Marcelo Bernardes, Ignez Perdigão e Domingos (Bilinho) Teixeira -, era completado por um rapaz firme ao contrabaixo acústico, Matias Correa, e por uma moça inteligente, aparentemente caladona e reservada, que, ao pandeiro, sustentava com competência o ritmo do repertório apresentado, também nos 3 CDs gravados pelo conjunto. Chama-se Clarice Magalhães (foto acima), ex-aluna de teatro que, na música popular, iniciou carreira, em 1997, como integrante de uma orquestra de pandeiros, a Pandemonium, passando ainda pelo Cordão do Boitatá, dedicado à música regional, e pelo Batifundo, neste em companhia de Roberta Nistra, Marcello Mattos e Pedro Holanda. Este, que, curiosamente, já deixou de estudar música por força da própria música - largando, certa feita, uma licenciatura na Uni-Rio para tocar em rodas de samba espalhadas pela cidade -, "demorô" para lançar o seu primeiro CD solo, mas, passados dez anos de expectativa, fez o disco autoproduzido que queria, amadurecido por naturais reavaliações no período e bem recebido pela crítica no ano passado. Integrante dos Anjos da Lua e da Orquestra Republicana, o cantor, compositor e violonista Pedro Holanda (foto acima) é, desde o princípio, nome identificado com uma Lapa rediviva e reaproximada da sua tradição boêmia, movida a samba de bamba, tocando, em antiquário da Rua do Lavradio, numa roda comandada por Eduardo Gallotti, a partir de iniciativa do produtor Lefê Almeida. Ele e Clarice, nesta terça, 16 de agosto, fazem show, marcado para as 20h, no Centro Cultural Carioca (Rua do Teatro, 37 - bem perto da Praça Tiradentes - tel.: 2252-6468), no qual ela, carioca da Princesinha do Mar, também canta músicas do seu primeiro CD solo, "Meu Saravá". Ambos serão acompanhados por Denize Rodrigues, ao sax e à flauta, Guilherme Lopes, ao cavaquinho e ao acordeom, Júlio Florindo, ao baixo, Cassius Theperson, à bateria, e Alfredo Alves, à percussão.
        Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.

        Um abraço,

        Gerdal

Pós--escrito: nos "links" seguintes, 1) Clarice Magalhães, com a divertida figuração de vários outros jovens artistas associados aos novos ares musicais da Lapa, canta "Meu Saravá", de Tuninho Galante e Marceu Vieira; 2) dela própria e de Domenico Lancellotti, vai de "Tempo Bom"; 3) Pedro Holanda canta, de sua autoria, o baião "Canção Popular", do seu CD "Demorô"; 4) outra sua, em sua voz:"Tempestade e Calmaria", também faixa do mesmo disco.             

              http://www.youtube.com/watch?v=Pa9wsRbq4iU&feature=related ("Meu Saravá")          

              http://www.youtube.com/watch?v=4SKx1yAiD44&NR=1 ("Tempo Bom")

              http://www.youtube.com/watch?v=MRSFgvb-Chg&feature=relmfu ("Canção Popular")

              http://www.youtube.com/watch?v=F8AYUOV3N4w&feature=relmfu
("Tempestade e Calmaria")

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