22.1.10

Dica do Gerdal: Chorando à Toa nesta sexta no Espaço Rio Carioca - inclusão social que sorri para a música popular


"A Rocinha não é apenas o que mostram na mídia: violência e tiroteio." Tais palavras, ditas pela jovem Carla Mariana, de 24 anos, moradora dessa que é considerada a maior favela da América do Sul, têm na própria declarante uma prova de que lá também se contrói cidadania. Ela, flautista, e outros quatro jovens e promissores músicos da sua geração, como ela provenientes de famílias pobres da localidade, formam o conjunto Chorando à Toa, que, no mês passado, fez a primeira das apresentações do"CD "Descontraído", na quadra da escola de samba Acadêmicos da Rocinha. Ainda em 2009, dois meses antes, fizeram, com o apoio do Instituto Goëthe, que pagou as passagens aéreas do conjunto, uma série de 28 shows por diversas cidades alemãs, numa feliz consequência de uma história que começou em meados da década de 90, quando Hans Ulrich Koch, professor alemão de música, pasmado com o contraste social que observava - dava aulas a alunos abastados da Zona Sul e sensibilizava-se com a penúria de outros adolescentes ao seu redor nessa área do Rio -, teve a ideia de lecionar também para gente pobre, formando numa sala cedida por uma igreja da Rocinha uma escola de formação básica. Completando 15 anos de existência, a Escola de Música da Rocinha, há alguns anos funcionando numa outra sala, cedida pela Prefeitura no Centro Municipal de Cidadania Rinaldo Delamare e, no momento, à cata de novo patrocínio, é uma iniciativa bem-sucedida de educação pela arte, de que o Chorando à Toa é o maior exemplo, atraindo ao longo dos anos um sem-número de jovens interessados. 
           No show que faz nesta sexta no Espaço Rio Carioca, em Laranjeiras (informação abaixo, transmitida pelo violonista Gilberto Figueiredo, professor dos integrantes do Chorando à Toa e coordenador da escola), o grupo, nesse CD de estreia, toca, entre outras músicas, incluindo as de criação própria, "Maroto", choro pouco conhecido de Jacob do Bandolim, "Chorando e Rindo", de Célia Vaz, "Diário", de Kim Ribeiro, "Sonhador", de Fernando Leporace e Nélson Wellington, "Amaxixado", de Valmar Amorim,  e "Tijucano", de Ricardo Calafate. Também uma, muito boa, do próprio Gilberto e disponível à audição pelo YouTube,  "Maracaxixe". Só gente inspirada, portanto. Garotos espertos! 
***
   Olá a todos,
 
Apesar da chuva, o Chorando à Toa levou um excelente público
ao Espaço Rio Carioca na sexta-feira passada,
e por isso o grupo repete a dose nesta sexta, dia 22.
O show começa às 20h30min, com ingresso a R$ 20,00.
Os 30 primeiros que responderem a este e-mail solicitando "convite amigo" pagam R$ 15,00.
Conheçam o trabalho do grupo no www.myspace.com/chorandoatoa
 
Vejam os detalhes no anexo.
Até lá.

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