17.11.09

Dica do Gerdal: Gabriel Versiani mostra suas composições nesta terça, no CCC, em noite de lançamento de primeiro CD


Repasso abaixo um relato muito interessante do violonista e compositor Cláudio Jorge, em que, entre outras considerações, sabemos do lançamento do CD autoral de Gabriel Versiani, seu filho, logo mais à noite, às 21h, nesta terça-feira, 17 de novembro, no Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes. Com a qualidade do seu trabalho, Gabriel confirma a validade da máxima "filho de peixe..." - embora haja dela exceções, em outros casos. Lançado em 2007, "Sambaião", belo CD da cantora Letícia Tuí, também dá gosto ouvir por composições de Gabriel, como "Filha de Oxum" (que, aliás, nasceu "Filho de Ogum", como já disse Letícia em programa na Rádio MEC-AM). Em suma, o rapaz é do ramo e faz um trabalho que deve ser acolhido com interesse por quem gosta da nossa boa música popular.
          Um bom dia a todos. Muito grato pela atenção à dica.
 
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Parece até que o mundo me ouviu, ou me leu, e tudo vem conspirando para que eu realmente passe o ano de 2009 comemorando os meus sessenta anos em várias festas diferentes.

Aconteceu em família, aconteceu no Sobrenatural, tá acontecendo toda quarta e quinta feira no júri de novos talentos do Carioca da Gema, vai acontecer dia 22 de novembro na feijoada do Bloco dos Cachaças.
Mas tem uma festa/presente muito especial que vai acontecer no próximo dia 17 de novembro lá no Centro Cultural Carioca. Meu filho Gabriel Versiani vai lançar seu primeiro CD.

É engraçado ver essa história acontecer com ele, história que eu vivi no tempo da vitrola quando era LP e eu lancei meu primeiro disco pela Odeon em 1980, ano em que nasceu o Gabriel.
Em 1980 as coisas eram ao mesmo tempo mais difíceis e mais fáceis, diferente de hoje onde as coisas são mais fáceis e mais difíceis.
Explicando: as gravadoras tinham os estúdios, a tecnologia, a prensagem, a edição e a distribuição.
Era um funil onde poucos chegavam para gravarem seus trabalhos. Havia espaço para o mais comercial e o mais cultural. As gravadoras vendiam discos populares para bancarem os da MPB e tudo mais. O samba bancou muito a edição de vários outros estilos.
Hoje as gravadoras estão mudando de negócio, qualquer um pode gravar um disco, há um home studio em vários quartos de empregada por aí. Prensar ficou fácil, estamos em plena era dos patrocínios, mas a divulgação e distribuição continuam sendo um privilégio das majors e grandes selos.
Não encontramos até hoje, para a produção independente, uma solução para isso neste momento em que, tudo indica, a mídia CD vai tirar o time. Só Deus sabe. Me desculpe aqueles que não acreditam nele.
Então Gabriel Versiani chega ao mundo do disco – era inevitável sendo filho de cantora (Cláudia Versiani) e músico - com um SMD autoral de um jeito que parece ser o do futuro daqueles que pretendem ser artistas nas próximas décadas. Me foi possível escolher a profissão de músico e viver exclusivamente dela até aqui. A partir daqui já começo a mudar a direção do navio que é a minha vida porque acho que essa atividade como profissão está acabando, mas essa é uma outra história.
Gabriel já começa na frente dividindo o palco com o computador na sua profissão de jornalista, com emprego, carteira assinada e tudo mais. É o futuro, e acho que ele é promissor para o meu filho.
Deixo de lado a modéstia e canto com a minha viola, meu filho manda bem nas duas posições.
Quem o acompanhar daqui pra frente verá. Quem já ouviu o disco se surpreende com um repertório não alinhado a qualquer modismo. É eclético, jovem, moderno, com uma inegável base de informação musical e cultural.
Tá bom. É o pai lambendo a cria, isso não vale né?
Então vamos combinar uma coisa: você vai lá no Centro Cultural Carioca no dia 17 de novembro conferir. Se você não gostar eu pago a tua conta. Fechado? Até lá.

PS: eu vou dar uma canja dividindo com ele umas canções do meu disco Amigo de fé.


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