12.11.09

Dica do Gerdal: Alex Ribeiro canta sambas próprios e recorda o pai, Roberto Ribeiro, em show nesta quinta na Lapa


Vejo a avenida enfeitada, florida, armada pra receber meu amor/será que ela vem com o mesmo sorriso que me conquistou na Rua do Ouvidor..." 
 

            Prematuramente retirado de cena na MPB, morto por atropelamento em 1996, Roberto Ribeiro caiu no agrado da moçada que revigora a tradição musical da Lapa, gente que, além de ter nele uma grande referência na interpretação mais simples do samba, acolhe nas rodas faixas de sucesso extraídas dos diversos elepês gravados pelo campista, da autoria de nomes que ele ajudou a projetar, como Nei Lopes e Wilson Moreira ("Só Chora Quem Ama"), Zé Luiz e Nélson Rufino ("Tempo Ê" e "Todo Menino É um Rei"), Serafim Adriano ("Ingenuidade"), Jorge Lucas ("Propagas" - este irmão de Liette de Souza, também compositora, parceira e viúva de Roberto) e Flávio Moreira ("Amor de Verdade", em parceria com Liette). Quase todos com passagem por alas de compositores de escolas de samba, universo muito familiar ao próprio Roberto Ribeiro, desde a Amigos da Farra, do chão fluminense de origem, até o Império Serrano, no qual se notabilizou como puxador de sambas-enredo, como os vitoriosos na quadra "Alô, Alô, Taí Carmen Miranda", em 1972, e "Brasil, Berço dos Imigrantes", em 1977, este composto por ele com o supracitado cunhado. "Estrela de Madureira", de 1975, em intenção da vedete Zaquia Jorge, não chegou aos alto-falantes da "avenida", mas ganhou o país numa gravação empolgante e ainda hoje muito lembrada. Anterior a todos esses e destacado na introdução destas linhas, o atraente "Eu, Avenida e Você", com registro fonográfico de 1971, é samba que consta do pau-de-sebo "Quem Samba Fica... - Adelzon Alves Mete Bronca e a Moçada do Samba Dá o Recado", hoje um raro elepê produzido por esse veterano e notável radialista. A menção na letra à Rua do Ouvidor não terá sido à toa, já que lá um pernambucano apaixonado por Teresópolis, Paulo Debétio (parceiro de Jovenil Santos nessa composição e muito ligado, em outros bons sambas, a Paulinho Rezende), trabalhou, antes da atividade musical, numa joalheria. 
            Com "flyer" acima e "release" abaixo, repasso informação relativa ao show que Alex Ribeiro, herdeiro da qualidade artística do pai e como ele, inicialmente, jogador de futebol, apresenta hoje, 12 de novembro, no Estrela da Lapa, às 22h, com participação da grande cantora, também imperiana de fé, Luíza Dionízio.
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Turnê 2010 - Todo menino é um rei
Alex Ribeiro
Herdeiro de um talento que marcou toda uma geração de sambistas, hoje assume sua criação artística apresentando suas composições e homenageando o grande repertório de seu pai que emociona, até hoje, o público e a todos aqueles que gostam de samba.
Como ele, o Brasil vem conhecendo uma nova geração da Música Popular Brasileira que reverencia seus pioneiros e homenageia seus grandes mestres. Vem reconhecendo o talento da “segunda geração”, dos filhos que assumem que o palco faz parte do sangue e divulgam sua própria personalidade artística.
Alex Ribeiro vem agora, abençoado por seus padrinhos Jorge Aragão e Elza Soares, depois de grandes shows que contaram com as presenças de Monarco, Délcio Carvalho, Dona Ivone Lara, Neguinho da Beija-Flor, Diogo Nogueira, Nelson Sargento, entre muitos outros, convidar seus parceiros de vida para a turnê de 2010, “Todo menino é um rei”, a cantarem os grandes sambas imortalizados pelos mestres da nossa música.
Para esta turnê, Alex Ribeiro deseja dividir o palco com essa nova geração, seus amigos e parceiros, e com os grandes nomes do samba e da MPB, para uma linda homenagem ao samba!
Abertura da turnê: Todo menino é um rei
Participação especial: Luiza Dionizio
Convidado: Dj Cyro Novello
12 de novembro
22h
Estrela da Lapa
Av. Mem de Sá, 69 – Lapa/ RJ.

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