23.2.09

Carnaval: todo ano tudo igual (até que rimou!)


Não adianta, é carnaval e ele acaba entrando na nossa casa. Até que tentei ficar desconectado. Mas toda hora passa gente fantasiada na frente do Condomínio do Barulho. A vaca sagrada da minha vizinha chavista , (ôpa!) - desculpem, a vaca sagrada que pertence à minha vizinha chavista pasta tranquilamente no jardim do prédio. Nada de estacionamento, mas os "dalits" conseguiram empurrar o bicho para o jardim. Alguns mergulharam na piscina como no velho e bom Ganges e outros foram para o churrasco lá do salão de festas.
Fiquei com minha mãe olhando a rua, os dois sentados num banco do playground. Ela observou que todo ano é tudo igual. Achei esse pensamento profundo. E com isso na mente disse a ela que gostava daquela brisa eterna que nos refrescava a tarde. Ela para minha surpresa, concordou.

2 comentários:

TS disse...

Liber, passando rápido... cê viu a apresentação bollywoodiana na entrega do Oscar? Indianos sorridentes entre mtas cores. Slumdogs! Eles fazem mais carnaval do que nós.
Bênção p/ a "mamma", ela tem razão: já se foi o tempo dos corsos e clóvis.

LIBERATI disse...

Querida Tinê, infelizmente não vi a entrega do Oscar. Sou da chamada tv aberta - tv paga não entra aqui em casa - preciso estudar e mais, acho muito cara. Um descaramento essa TV paga. Em todo lugar do mundo os preços são baixos. Para ver porcaria prefiro a TV aberta.
A mamma acha o corso em que ela se divertiu na década de 40 muito mais bacana. Mas o cerne da questão é que em matéria de carnaval nada muda - todo ano tudo igual - ela quase chega ao eterno retor do sempre igual. Sou pela brisa eterna, o sopro do vento que sempre esteve aqui, embora mudo, é sempre o mesmo vento que percorre o mundo, o mesmo vento, pense nisso, um vento eternamente soprando e aquela brisa gostosa de uma terde de um imenso verão.
bjs