16.9.07

Era do Jazz não tinha beijo?

Engraçado como as coisas mudam. Em "Seis Contos da Era do Jazz", a filha de Scott Fitzgerald faz uma curiosa observação a respeito dessa obra do pai, que segundo ela, não tinha muito a ver com o Jazz propriamente dito. A gente sabe das ligações sexuais implícitas e explícitas do Jazz com sexo.
Frances Fitzgerald Lanahan, em dezembro de 1959 escreve: "Outra coisa que talvez possa surpreender algum leitor juvenil desta coleção de contos é o fato de que ninguém, nestas histórias, beija ninguém, a menos que haja entre tais pessoas laços matrimoniais ou paternos - com a única exceção , novamente da jovem da gasolina, que pelo seu êxito no jogo de dados, recompensa Jim com um roçar de seus lábios irresistíveis. O livro é inteiramente destituído de sexo, tal como presumimos encontrar nos escritos modernos"
A edição que tenho nas mãos é a da LP&M de 1987-(capa do genial Caulos). Acredito que existe uma edição recente por outra editora que contarei numa anacrônica que republicarei em breve. Estou relendo esses 6 contos sensacionais do F.Scott Fizgerald e me preparando para mergulhar no"Este lado do Paraíso" publicado pela também sensacional editora Cosac& Naify...

8 comentários:

Anônimo disse...

Talvez porque o Fitz gostava mais de beijar bordas de copos e cálices.
A próxima anacra é aquela em que sua filha não desgruda das páginas dos contos do Fitz?
Vale a pena rememorar.
Bom Domingo!

LIBERATI disse...

Isso mesmo Tinê. A próxima anacrônica é essa mesma que você falou, só que preciso achar onde a postei, deve estar em algum canto daquele antigo blogue ou num recanto aprazível do meu computador bagunçado.
Bom domingo pra você também!

sizenando disse...

"from major to minor..."
naõ sei se vc lembra, bruno, uma vez vc e eu (sempre peço pra me corrigirem, esta é uma frase que nao sei escrever, portanto, deixo escrito assim mesmo, vc e eu, sei lá) estavamos falando dessa música e vc pediu ao joao maximo que explicasse, traduzisse a passagem da nota mais grave à mais alta. uns minutos bacanas de aula de música e de história.
fui comentar o fitzgerald e lembrei disso, lá na redação, aí na redação do jotabê.
a associação foi tão imediata que não estou conseguindo cantarolar a música do filme "grande gatsby", não sei quem cantava no filme. caramba. acho q foi a barbra streisend (! acho q tá errado tbém) mia farrow e o dono do sundance festival apaixonados, ela por ele apesar daquela mania dele de apertar os olhos, em todos os filmes, pra mostrar que está pensando.

a música é bonita... lembrei. "o que vou fazer, quando vc estiver longe... e eu, triste, afundado em tristeza, que vou fazer"; ffinjo que traduzo pque nao sei escrever em ingles. até o johny mathis canta bem essa, o cauby peixoto dos americanos.
o filme tem muita luz, é elegante, comparece à altura do fitzgerald, tem a melancolia necessaria. xi, escrevi demais. pombas, o blog nao é meu, aqui é só recado.

LIBERATI disse...

Caro Sizenando, tenho saudades da época em que João Máximo nos ensinava coisas da Música. Ele é um craque mesmo! Essa música da frase "from major to minor" acho que é do Cole Porter.
Grande Gatsby é um belo filme. Nada que se compare ao texto, mas o filme chega perto. Robert Redford é um bom ator. Essa de espremer os olhos é uma bela sacada sua da interpretação do old Bob.
Grande abraço

Sizenando disse...

mas olha, o velho é ´bom, também acho. critico demais não.
é bom de cena e na direção também. fez um lindo trabalho naquele filme, dos irmãos pescadores... as coisas mudam, algo assim. depois fez o encantador de cavalos...

e inventou o sundance festival. o status quo precisa do off, sempre. um homem inteligente. mas aquele diabo de butch cassidy e sundance kid é demais e sempre bom. o outro blue eyes, grande figura respeitavel. nao sei se hoje em dia tem coisa parecida não.

Sizenando disse...

outra coisa: lá, na terrinha deles, eles, de alguma forma, respeitam os idosos e mais tarimbados, tão sempre homenageando alguem.
lembrei do Dom Amech, lindo filme, "nada é para sempre", um sapateiro que ocupa o lugar de um mafioso que está prestes a ser julgado. nao lembro do diretor nem do roteirista, acho q este ultimo é o mamet.

dom ameche, que dançou com nossa carmem, brilha, brilha, brilha.

Sizenando disse...

pareceu até coisa de viado, né

Anônimo disse...
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